DÚVIDAS FREQUENTES

O que é Osteoporose?

Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete os ossos. A prevalência da osteoporose, acompanhada da morbidade e mortalidade de suas fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se que com o envelhecimento populacional na América Latina, o ano de 2050, quando comparado a 1950, terá um crescimento de 400% no número de fraturas de quadril para homens e mulheres entre 50 e 60 anos, e próximo de 700% nas idades superiores a 65 anos. Estima-se que a proporção da osteoporose para homens e mulheres seja de seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos e duas para um acima de 60 anos. Aproximadamente uma em cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.

Como qualquer outro tecido do nosso corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável, e isso acontece mediante a remodelação do osso velho em osso novo. A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente, ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo – em alguns casos, pode ocorrer as duas coisas. Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos e finos, sujeitos a fraturas.

O que é Densitometria Óssea?

É um exame simples e rápido, que detecta o seu grau de osteoporose. Este exame é feito através de um aparelho capaz de medir a massa óssea de determinados ossos de seu corpo, verificando assim a quantidade de perda óssea e o risco de fratura.

O exame é fácil, indolor, seguro, não requer nenhum preparo especial e nem estar em jejum. Pode ser feito com qualquer roupa, evitando-se apenas botões, zíper e fivelas de metal. Durante o exame o paciente permanece deitado confortavelmente e respirando normalmente.

Exames

O principal exame para rastreamento e diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea.

Todas as mulheres de 65 anos ou mais e homens com 70 anos ou mais devem fazer a densitometria óssea anualmente, independente dos fatores de risco. Mulheres na pós-menopausa com menos que 65 anos de idade e homens entre 50 e 60 anos com fatores de risco também devem fazer o exame anualmente. Além disso, qualquer com que sofreu fraturas e tem risco associado tem indicação para fazer a densitometria a fim de diagnosticar uma possível osteoporose.

Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose?

Não. Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios.

Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física?

Pelo contrário. Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, o ideal são exercícios como a caminhada e musculação, sob orientação médica.

Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa?

Não. Sua prevenção deve ser uma preocupação ao longo da vida. A redução do estrógeno que é o hormônio feminino acelera a reabsorção óssea, aumentando a osteoporose pós-menopausa. É importante ingerir vitamina D diariamente. Verduras e laticínios fortificados fornecem este tipo de vitamina.

A osteoporose é uma doença feminina?

Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.

A osteoporose é hereditária?

Não é uma regra, mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. Em caso positivo, deve-se manter cuidado redobrado na prevenção da doença. Explicação: a vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que apresentaram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de apresentar a doença. Mas nada que bons hábitos alimentares e atividade física não possam mudar este quadro.

Sintomas de Osteoporose

A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma e se expressa por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:

  • Dor ou sensibilidade óssea
  • Diminuição de estatura com o passar do tempo
  • Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Postura encurvada ou cifótica.

Prevenção

A osteoporose pode ser evitada se a perda óssea for detectada cedo, através do exame de densitometria óssea. Como ajuda à prevenção, você deve evitar os seguintes fatores de risco:

  • perda de hormônios na menopausa
  • deficiência de cálcio
  • falta de atividade física
  • bebidas alcóolicas fumo determinados medicamentos

Se você já tem osteoporose, você pode viver ativa e confortavelmente procurando os cuidados médicos corretos e fazendo algumas adaptações no seu estilo de vida.
Seu médico pode recomendar uma dieta rica em cálcio, um programa regular de exercícios de resistência a peso e tratamento médico.

Diagnóstico de Osteoporose

Em geral, a perda óssea ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Quando isso ocorre, a doença já se encontra em um estado avançado, e o dano é grave.

Por não apresentar sintomas em seu estado precoce, não é possível fazer um diagnóstico clínico da osteoporose. Dessa forma, o diagnóstico tanto precoce quanto após uma fratura é feito com a densitometria óssea e radiografias. Além desses, o médico pode pedir outros exames para fazer o diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.

Quais exames contrastados são realizados na Rad Med?

Histerossalpingografia
Uretrocistografia Retrógrada
Urografia excretora
Esôfago contrastado
Trânsito Delgado
Clister opaco Sialografia
SEED (Seriografia de Esôfago Estômago e Duodeno)

Água “quebra” o jejum?

Não. Porém, cada exame apresenta uma peculiaridade e devem ser seguidas as orientações dos preparos de exames.

O que é o contraste?

O contraste não é um medicamento, é uma substância utilizada em exames de imagem para análise de partes específicas do organismo. Torna possível analisar em detalhes as regiões do organismo que interessam ao médico. Podem ser administrados via oral, intravenosa, intra-arterial, uretral, retal, nas glândulas salivares ou em outras situações específicas como fistulografias, ductografias, etc… A escolha da melhor forma de administração depende do exame solicitado e da região de interesse. Cada caso é analisado por médicos que decidem se há necessidade ou não de utilização dos meios de contraste. 

Existe contraindicação para o uso de contraste?

Em todo exame contrastado em que é necessário usar meio de contraste iodado, é imprescindível que o paciente responda a um questionário previamente preparado, que é encontrado em todos os departamentos radiológicos, no qual são feitas perguntas para analisar seus históricos alérgicos. As principais contraindicações para o uso desse meio de contraste são o hipertireoidismo manifesto e a insuficiência renal.

Por que é necessário levar os exames anteriores?

A análise conjunta dos exames anteriores com os atuais complementa o estudo. O médico radiologista utiliza os exames anteriores para comparação com os resultados atuais e elabora um relatório mais completo, que pode fornecer informações referentes à evolução de alguma doença ou ao aparecimento de alguma alteração.

Em alguns casos podemos solicitá-los posteriormente. No entanto, isso não significa necessariamente algo insatisfatório.

A mamografia é o principal exame preventivo para câncer de mama. Outros exames utilizados neste cenário são a ultrassonografia mamária (USM) e a ressonância magnética das mamas (RMM). Vale ressaltar que tanto da USM quanto da RMM são utilizadas para casos bem específicos conforme indicação médica. 

Aqui é extremamente importante entender a terminologia médica, e vale uma breve introdução sobre os conceitos de prevenção primária e prevenção secundária:

  • Prevenção primária: consiste em várias medidas para evitar o desenvolvimento de uma doença, ou seja, se relaciona às estratégias para evitar que o câncer de mama apareça (manter o peso adequado, praticar atividade física, evitar reposição hormonal (RH) durante a fase de menopausa e, se for necessário, fazer a reposição hormonal por no máximo cinco anos com supervisão médica)
  • Prevenção secundária: consiste na realização de exames que possam detectar uma doença em sua fase inicial. Neste quesito é que a mamografia se enquadra. Ou seja, fazer mamografia anualmente não previne o aparecimento de câncer de mama, mas permite que ele seja detectado precocemente, aumentando em muito as chances de cura da paciente.

O diagnóstico precoce de qualquer tipo de câncer, de uma forma geral, está associado a maiores taxas de cura bem como a menor necessidade de cirurgias e também a menor necessidade de realização de quimioterapia. Mas quando começar a realizar os exames preventivos? Nessa questão, dividimos as pacientes entre aquelas com risco habitual (maioria da população) e pacientes de alto risco (a minoria da população). 

São consideradas pacientes de alto risco aquelas com histórico familiar muito importante para câncer de mama, sendo os principais: parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, homens com câncer de mama na família, parentes com câncer de ovário, pacientes de família judia Aschkenazi, pacientes ou familiares sabidamente com mutação dos genes BRCA1, BRCA2, TP53, dentre outros.

A ultrassonografia de forma isolada é inferior à mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama

Como já comentamos anteriormente, tanto para as pacientes de risco habitual quanto para as pacientes de alto risco, a principal modalidade de exame para rastreamento do câncer de mama (prevenção secundária) é a mamografia.

Para as mulheres de risco habitual, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a realização da mamografia deve ser iniciada aos 40 anos de idade e a partir daí deve ser realizada anualmente em caso de mamografia normal e para alguns casos deverá ser repetida em seis meses, conforme comentaremos abaixo de acordo a classificação BI-RADS®.

Para as mulheres de alto risco, a mamografia deve ser feita de forma mais precoce, de acordo a indicação do médico após avaliar cada caso individualmente, levando-se em conta a idade de aparecimento do caso de câncer em idade mais jovem na família, bem como a presença de determinado tipo de mutação genética ou sintoma da paciente. Para esse grupo de pacientes, o médico poderá lançar mão de outras modalidades de exames além da mamografia, como a ultrassonografia e, principalmente, a ressonância magnética das mamas. No geral, os exames de rastreamento se iniciam aos 25 anos de idade neste grupo de paciente.

Antes do Exame

  • dê preferência marque o exame para a semana após a sua menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis.
  • se tiver mamografia anterior, não esqueça de levá-la no dia do exame, para comparação.
  • não use cremes, talco ou desodorantes no dia do exame.
  • procure utilizar roupas leves no dia do exame.

Importante

Para sua segurança e para se obter melhores resultados com o exame, informe ao técnico ou médico:

  • se você suspeita estar grávida.
  • se tem implantes nos seios.
  • se tem cicatrizes nas mamas.
  • se já fez biópsia ou alguma cirurgia na mama.
  • se está amamentando.

Durante o exame

A técnica em radiologia vai ajudar a posicionar sua mama sobre um suporte, para que as imagens possam ser adquiridas. O exame pode ser um pouco desconfortável, pois há necessidade de comprimir a mama para uma boa resolução do exame, porém contamos com maquinas modernas capazes de reduzir o desconforto, comparadas aos demais mamógrafos. O procedimento será realizado nas duas mamas.

Entenda a classificação

A mamografia é um raio-X das mamas. Logo, é um exame que utiliza radiação na geração da imagem mamográfica. É realizada em um aparelho específico para mama (mamógrafo) mediante a compressão das mamas (o que pode causar desconforto para algumas pacientes). Com realização de pelo menos duas incidências distintas para cada mama, a mamografia permite a detecção de microcalcificações e também de nódulos mamários bem como de outras alterações.

A classificação BI-RADS® (Breast Imaging-Reporting and Data System) consiste em um sistema internacional de padronização, avaliação, e interpretação dos exames de imagem mamária. Após essa análise, é atribuída uma nota ao exame pelo médico que avaliou. A classificação BI-RADS® se aplica aos exames de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética de mamas, é o que assegura maior confiabilidade do exame e serve para os diversos serviços médicos do mundo se comunicarem com a mesma linguagem.

Mamografia x Ultrassonografia

Muitas mulheres, por medo da possibilidade de dor durante a realização da mamografia, optam por fazer apenas ultrassonografia, mas essa é uma opção individual e sem respaldo médico. Isso porque a ultrassonografia de forma isolada é inferior à mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama, podendo ser realizada juntamente com a mamografia conforme recomendação médica, mas nunca de forma isolada no cenário de rastreamento de câncer de mama. 

A principal limitação da USM é a incapacidade de detectar microcalcificações, bem como apesentar um alto número de resultados falsos positivos (lesões suspeitas na ultrassonografia levando a necessidade da biópsia de várias lesões que na realidade são benignas). As vantagens da USM se encontram na capacidade de diferenciar lesões sólidas (nódulos) de lesões císticas (cistos mamários), complementar os casos que geram dúvidas na mamografia e permitir melhor avaliação dos gânglios axilares. Idealmente, o laudo da ultrassonografia mamária deve seguir as normatizações e classificação BI-RADS® conforme comentamos acima.

Adolescentes e mulheres jovens são exceção

Como o câncer de mama é raríssimo em adolescentes e em mulheres com menos de 30 anos, as sociedades médicas não recomendam a realização de mamografia de rotina nesta faixa etária – mas, se o médico achar pertinente por alguma suspeita clínica, a mamografia poderia ser realizada em casos muito selecionados. A grande limitação da mamografia nesta faixa etária é que, em geral, as mama das pacientes são extremamente densas, não permitindo a identificação de lesões ainda que elas estejam presentes, gerando o que chamamos de resultado falso negativo (ou seja, a paciente tem uma lesão na mama, mas a mamografia esta normal). Na faixa etária dos 30 aos 40 anos a ocorrência de câncer de mama também é pouco usual, não fazendo parte das recomendações gerais de rastreamento de câncer de mama por parte da sociedades médicas. Vale lembrar que o que comentamos acima se aplica a população de risco habitual, o que corresponde a maioria da população. 

Para mulheres nas faixas etárias mais baixas, no caso de queixa ou presença de nodulações mamárias, é recomendado procurar um médico, que irá proceder com uma avaliação clínica minuciosa e na sequencia poderá solicitar exames como a ultrassonografia mamária, principalmente para a avaliação de nodulações de baixa suspeição de câncer de mama – permitindo diferenciar precisamente nódulos (conteúdo sólido) de cistos mamários (conteúdo líquido), e em alguns casos muito particulares até mesmo uma mamografia.

Como é um exame de tomografia computadorizada?

A tomografia computadorizada é um exame que adquire imagens em três dimensões a partir de um tubo de raio-X que gira rapidamente ao redor do paciente (cerca de 3 rotações por segundo). A aquisição é muito rápida, normalmente durando apenas alguns segundos e o paciente fica deitado numa mesa sob um arco. O arco da tomografia é relativamente curto e não um tubo como a ressonância magnética.

O exame de tomografia pode ser feito com ou sem contraste (de acordo com a solicitação médica) e gera centenas de imagens, que serão processadas e analisadas por um radiologista treinado em estação de trabalho computadorizada para poder avaliar toda esta grande quantidade de informações. Por ser gerado por raio-X, o exame aplica doses de radiação no paciente.

Os tomógrafos de última geração são chamados de multi-detectores ou multi-fileiras pois não adquirem apenas um corte por rotação mas 16, 64, 128 e 160 numa única volta ao redor do paciente. Estes tomógrafos revolucionaram o método nos últimos anos ao permitir uma aquisição de muito mais informação em muito menos tempo. A RAD MED trabalha com tomógrafo de 160 canais e consegue, por muitas vezes, fazer uma avaliação cardíaca completa em apenas um batimento cardíaco.

Para que serve a Tomografia Computadorizada, na prática? 

Ajuda no diagnóstico de doenças do cérebro, abdômen, tórax e coluna, entre outras regiões que não podem ser vistas no exame do consultório ou não podem ser completamente avaliadas por outras técnicas empregadas pelos médicos. O surgimento da Tomografia Computadorizada, na década de 1970, significou uma verdadeira revolução no campo do diagnóstico, tornando-o muito mais preciso e rápido.

O que é preciso na hora de marcar o exame? 

Na hora em que o exame for marcado, o paciente será informado se há necessidade de alguma preparação especial. O jejum, por exemplo, pode ser necessário em alguns casos. Todas as dúvidas devem ser resolvidas no momento em que o exame é marcado para que não haja problemas em sua execução. No momento do exame o paciente deve tentar se manter o mais tranquilo possível e prestar atenção às orientações do profissional que estiver realizando a tomografia.

O que o paciente deve informar ao médico na hora do exame? 

Há algumas informações que podem ajudar tanto na precisão dos resultados quanto na própria segurança do paciente. Não se deve deixar de informar sobre alergia a alguma substância ou doenças do rim e diabete, entre outras doenças. Normalmente, pede-se também para que seja informado se o paciente comeu ou bebeu antes do exame. Há algumas informações que podem ajudar tanto na precisão dos resultados quanto na própria segurança do paciente.

E se a pessoa estiver muito apreensiva na hora do exame? 

Os especialistas dão a seguinte dica: pensar que está sendo submetido a um dos exames considerados mais completos nesta área de diagnóstico por imagem. Devem ser esquecidos medos, como os riscos de radiação, já que a quantidade é considerada pequena neste exame. Não há possibilidade de dor ou sufocação, pois o exame não dói e o equipamento não é fechado.

O que acontece na hora do exame? 

O paciente costuma ser orientado a vestir aventais da própria clínica. Alguns exames podem exigir uma injeção de contraste para melhor visualizar a parte de seu corpo que está sendo objeto de estudo. Um especialista irá previamente informá-lo da necessidade ou não dessa injeção. Em seguida, deitada no aparelho, a pessoa vai deslizar para uma região onde serão obtidas as imagens de seu corpo. Essas imagens vão direto para um computador e são analisadas pelo médico responsável.

O que acontece depois de o exame ser feito? 

É preciso aguardar. O especialista, um radiologista, vai verificar o exame e emitir um relatório para o médico que o solicitou. Terminado o exame, a pessoa está liberada para retomar suas atividades rotineiras. Quanto ao contraste eventualmente ingerido, em poucas horas o corpo já o terá eliminado.

Recentemente aprovada pelo FDA (Estados Unidos) e já aprovada pela ANVISA, a tomossíntese mamária – também chamada de mamografia tomográfica ou mamografia 3D – é capaz de aumentar em 12% a detecção precoce do câncer de mama, em relação à mamografia digital. Quem sai ganhando com isso são as pacientes, já que a vantagem dessa nova técnica é detectar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional.

Como funciona o procedimento?

“A tomossíntese, ou mamografia tomográfica ou em 3-D, é um método que se tornou possível com o advento da mamografia digital. O equipamento é semelhante a um mamógrafo digital. A diferença está no deslocamento do braço que contém a ampola de raios-x e no software. Tomossíntese é uma tecnologia que adquire uma série de imagens bidimensionais (2D) da mama comprimida durante o deslocamento em arco do tubo de raios-x. Objetos que estão em diferentes alturas dentro da mama vão se projetar em lugares diferentes nas imagens obtidas nos diferentes ângulos. Com o auxílio do computador, é possível reconstruir imagens de toda a mama com espessura de um milímetro. Essas imagens representam fatias de 1 mm de espessura de toda a mama”.

Quais as vantagens?

“Um dos problemas causados por imagens bidimensionais (como a mamografia) de órgãos tridimensionais (como a mama) é a superposição de estruturas em planos diferentes da mama e que criam imagens que podem simular lesões suspeitas.

Cada imagem da tomossíntese representa um plano de 1 mm da mama, eliminando essa superposição dos tecidos. Com isso, há melhor definição das bordas das lesões (fator fundamental para a definição de seu aspecto benigno ou maligno), possibilitando obter melhor detecção de lesões sutis – que não vão ser mascaradas por outras estruturas normais –, e fornecendo excelente localização espacial, pois saberemos em qual plano a lesão é detectada”.

O método diminui o número de biópsias?

“Sim. Trata-se de um método que traz aumento de sensibilidade (maior detecção de câncer) e especificidade (menos falso-positivos). Como consequência, permite distinguir entre as imagens verdadeiramente suspeitas e aquelas provocadas apenas por superposição de estruturas normais, diminuindo o numero de biópsias. Nos casos em que as biópsias são evitadas, as pacientes são poupadas de procedimentos complexos. Além de aumentar a detecção do câncer da mama, a tomossíntese possibilita a detecção de tumores menores, fato que tem implicação direta na sobrevida das pacientes e na sua qualidade de vida. Vale ressaltar que tumores menores permitem o uso de cirurgias menos mutilantes e um menor custo no tratamento”.

Pode ser considerado revolucionário?

“Se isso significar mudar conceitos e quebrar paradigmas, sim. A mamografia convencional começou com Leborgne em 1953, no Uruguai, e deu um salto após 50 anos, no início desta década, com a transformação de sistemas de écran/filme para tecnologia digital, melhorando significativamente a detecção do câncer da mama. Temos cerca de 60 anos de história/experiência com a mamografia (analógica ou digital), que fornece imagens em duas dimensões de um órgão tridimensional, com os problemas trazidos por essa diferença. A revolução está na possibilidade de examinar em três dimensões o que é tridimensional”.

O novo exame aumenta a precisão do diagnóstico, certo?

“Sim, quando o exame é realizado de forma combinada (mamografia digital e tomossíntese), há um aumento de, em média, 12% na detecção do câncer da mama em comparação com mamografia digital isolada. Mas, mesmo com toda a tecnologia disponível atualmente, é possível detectar cerca de 85% de todos os cânceres. Para atingir os 100% temos que melhorar muito”.

Isso é necessário?

“Sim. Há um maior benefício na detecção do câncer da mama quando ele tem dimensões reduzidas. E, até o momento, a melhor forma de detecção do câncer da mama é a mamografia. A tomossíntese usa as vantagens da mamografia, mas não tem um grande inconveniente desta que é causado pela superposição das estruturas – que esconde lesões e cria imagens falsas. Se não surgir outra metodologia, a tomossíntese é a evolução natural da mamografia”.

Diagnosticar o câncer de mama é difícil? Por quê?

“Sim. Vários fatores podem justificar a dificuldade, mas vou mencionar apenas aqueles que implicam no diagnóstico por imagem. Como existem vários tipos de câncer de mama, ele pode se apresentar de diferentes formas. Alguns como calcificação, outros como nódulos, outros infiltram o tecido normal de uma forma tão sorrateira que não podem ser distinguidos nem pela mamografia, nem por outros métodos, como, por exemplo, o ultrassom. Muitos tipos aparecem na mamografia com as mesmas características do tecido normal. Alguns nódulos malignos têm as mesmas características nos exames de imagem do que os benignos.

A velocidade de crescimento dos tumores também é um fator. Os de crescimento rápido aparecem no intervalo entre as mamografias anuais. É importante ressaltar que os métodos de imagem têm o papel de ‘encontrar’ a lesão, muitas vezes podendo sugerir o seu caráter maligno ou benigno. Porém, apenas a amostragem de tecido – biópsia – pode ‘diagnosticar’ o câncer”.

Médicos precisarão de algum tipo de treinamento para operar a máquina?

“Como as imagens são semelhantes àquelas obtidas em duas dimensões, os médicos necessitarão um curto período para adaptação. Além disso, os médicos envolvidos no diagnóstico por imagem já estão acostumados com estudos em vários planos e em 3D, por ser essa a forma em que são apresentados atualmente a maioria dos exames, entre outros, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética”.

Esse exame pode substituir a mamografia?

“No momento, tem-se demonstrado que a combinação de mamografia digital com a tomossíntese é a melhor opção para detectar mais cânceres sem aumentar o número de casos falso-positivos. Uma das empresas que é responsável pela introdução da tomossíntese em nosso meio desenvolveu um equipamento que obtém – com uma única compressão da mama – a mamografia digital e a tomossíntese, com uma dose de radiação baixa dentro das normas europeias. A mamografia digital maximiza a detecção de calcificações e permite comparação com exames anteriores da paciente. A comparação dos dois métodos ajudará a tomossíntese a se tornar a mamografia única do futuro”.

A mamografia 3D é um método indolor?

“Para a realização apenas da tomossíntese é possível, de acordo com estudos preliminares, diminuir a compressão da mama. Porém, na forma combinada que vem sendo feita, a compressão da mama é semelhante à da mamografia, tolerável pela maioria das pacientes”.

Quais são os benefícios do ultrassom?

A visualização por ultrassom é feita ao mesmo tempo em que o exame é realizado. Não havendo necessidade de processamento posterior.
O ultrassom é predominantemente não invasivo, sem radiação e dispensa a introdução de agulhas (a não ser em certos procedimentos especializados com biópsias). 
A anatomia de alguns órgãos específicos poderão ser visualizadas e documentadas, através do contado do transdutor com a pele.

Como o paciente deve preparar-se para um exame de ultrassom?

Cada exame apresenta uma peculiaridade e devem ser seguidas as orientações dos preparos de exames.

Quem executa o exame de ultrassom?

No Brasil somente médicos podem realizar o exame.

O que acontece ao paciente após o exame?

Após o exame de ultrassom, o paciente estará liberado para suas atividades normais. Não há efeitos colaterais conhecidos da aplicação de ultrassom.

Como o exame de ultrassom é utilizado na gravidez?

Durante o primeiro trimestre – a partir de 7 a 8 semanas – já é possível visualizar o embrião e atestar sua vitalidade. O mais indicado nessa fase é o exame via transvaginal. Durante o segundo trimestre da gravidez, seu período intermediário, uma pesquisa anatômica do feto é realizada e cada aspecto da anatomia fetal é examinado, medido e documentado. No terceiro trimestre temos uma visão clara da anatomia (face, órgãos internos, coração e etc) que auxiliam decisões sobre os procedimentos durante o parto.

Há temores sobre o uso do ultrassom?

Atualmente, o emprego do ultrassom está tão disseminado e conhecido que sobraram apenas algumas preocupações ou temores. A dúvida predominante no passado era: “Existe radiação?” e.. “Vai doer?” O exame com ultrassom não utiliza nenhum tipo de radiação, é relativamente indolor e não se conhecem efeitos colaterais.

Dicas para o paciente:

Vista uma roupa confortável.
Crianças pequenas no local do exame podem atrapalhar.
Siga todas as instruções dadas pelo médico.
Evite comer ou ingerir bebida com gás antes do exame abdominal pois provocam gases.

O que é a ressonância magnética?
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que serve de subsídio clínico ao médico assistente na investigação de patologias de um paciente.

A ressonância magnética provoca algum efeito negativo no corpo humano?
Não. Ele é um exame que não envolve radiação ionizante. Para fazer uma ressonância magnética basta a aplicação de um campo magnético e de ondas eletromagnéticas, que não provocam efeitos negativos no corpo humano.

Que tipos de patologias a ressonância magnética é capaz de identificar?
A ressonância magnética é de suma importância no diagnóstico de várias patologias, como as localizadas no sistema nervoso central, no aparelho locomotor, no abdômen etc. Ela é capaz de diagnosticar lesões em estágio muito iniciais. Isso é muito importante, pois permite identificar patologias rapidamente, permitindo que o tratamento seja realizado antes que a patologia evolua.

Uma pessoa pode fazer uma ressonância magnética a qualquer momento?
Todo exame médico deve ser precedido de uma indicação clínica. Esta indicação deve ser identificada por um médico assistente (um clínico geral, um ortopedista, um neurologista, por exemplo). O exame deve ser feito a partir de um sintoma ou mesmo pela necessidade de um check-up.

A ressonância magnética é parecida com um exame de raio-X ou uma tomografia?
Apenas o tipo de equipamento desses exames tem certa semelhança entre si. Mas eles são bem diferentes. A tomografia, por exemplo, envolve a radiação ionizante, ou seja, a emissão de raios-X. É um exame importante para a identificação de lesões ósseas, por exemplo. Na ressonância o paciente é também introduzido dentro de um equipamento, porém ele não envolve radiação. Apenas o campo magnético. Por isso a consulta médica que precede o exame é muito importante, pois é a partir dela que o médico poderá indicar o exame mais conveniente.

Há alguma contraindicação ao exame de ressonância magnética?
Antes de fazer uma ressonância magnética, todos os pacientes são submetidos a um questionário bastante detalhado, que ajuda a eliminar surpresas na hora do exame. As questões envolvem todas as contraindicações que podem existir e reduzem o risco do exame gerar qualquer acidente. Nenhum paciente é colocado na máquina sem esta investigação.

Mulheres gestantes podem fazer uma ressonância magnética?
Nunca nenhum estudo científico comprovou se a ação de um campo magnético forte é capaz de provocar danos ou má formação em fetos com menos de doze semanas, mas ainda não há um consenso definitivo. Por isso, nós evitamos fazer o exame em gestantes até doze semanas, protelando-o para após esse período. Acima disso, não só não há problemas em fazer uma ressonância como é útil para a verificação de eventuais más formações do feto.

Quanto tempo dura um exame de ressonância magnética?
Um exame de ressonância magnética leva em torno de 15 a 20 minutos para cada segmento do corpo que está sendo investigado, como por exemplo, o crânio, o tornozelo, o joelho, a coluna etc. Por isso, a duração total vai depender da quantidade de segmentos do corpo que precisam ser avaliados, o que pode ser cansativo.

Qual é a precisão das imagens de um exame de ressonância magnética?
A resolução das imagens de um exame de ressonância é muito boa, capaz de detectar lesões mínimas, de até 1 mm de extensão. É um exame com alta precisão. Dentre os exames por imagens, comparando-a com a tomografia, o ultrassom e o raio-X, a ressonância é o exame mais sensível e específico do diagnóstico por imagens.

O que é recomendável fazer após o exame?
O paciente pode exercer suas atividades normalmente.

E se for necessário usar um contraste?
Nesses casos, a única recomendação é ingerir bastantes líquidos após o exame para eliminar mais rapidamente o contraste. Ele é expelido por via urinária.

O que é exatamente o contraste? Ele é uma substância segura?
Totalmente segura. O contraste intravenoso é feito de uma solução de compostos de gadolínio, uma substância que, quando presente na circulação, ressalta as imagens da ressonância magnética.

O contraste é usado em todos os exames de ressonância?
Não. Há casos em que ele é dispensável. Mas, em geral, ele é usado rotineiramente nos exames no crânio e no abdômen, pois ele facilita a visualização de uma patologia. Em um exame de abdômen, por exemplo, ele permite diferenciar um tumor benigno de um maligno.

Os planos de saúde em geral cobrem um exame de ressonância magnética?
Sim, a maioria dos principais planos cobre normalmente este tipo de exame.

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